Mercantilismo
O mercantilismo foi uma série de práticas econômicas
nacionalistas empregadas por países do ocidente europeu, particularmente
Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda e França, para aumentar a riqueza do
Estado e que promoveu um acúmulo primitivo de capital.
As principais medidas adotadas foram:
O protecionismo
alfandegário, que consiste na ideia de estimular a compra de produtos nacionais
por meio do sobretaxamento dos importados; o intervencionismo estatal,
quando o governo impõe regras severas para evitar a saída de moedas do país; e
o monopólio comercial, no qual o Estado diretamente ou por meio de
companhias privilegiadas procurava manter a exclusividade de exploração comercial
de determinado produto. As variações na aplicação desses princípios resultaram
em diferentes tipos de mercantilismo.
Expansão Marítima Europeia
A expansão marítima europeia, liderada por
Portugal e Espanha, ocorreu pela necessidade de expandir o comércio e de obter
grandes quantidades de metais preciosos, para cunhagem de moedas.
Pode-se relacionar também os avanços técnicos e científicos,
a busca de novas rotas comerciais para o Oriente, por causa do monopólio
italiano no Mediterrâneo, o espírito de aventura e o estímulo missionário de
difusão da cristandade. Entretanto, a ascensão da burguesia, a centralização
política nas mãos do rei, consequência da união entre o rei e a burguesia,
permitiu reunir todo o aparato material necessário ao empreendimento.
As principais expedições foram: 1488 – Bartolomeu Dias,
dobrou o Cabo da Boa Esperança; 1492 – Cristóvão Colombo, descobriu a
América, pensando ter chegado às Índias; 1498 – Vasco da Gama, chegou às
Índias; 1500 – Pedro Cabral, descobriu o Brasil; e 1519-1522 – Fernão de
Magalhães e Sebastião Elcano, realizaram a primeira viagem
de circunavegação.
No intuito de garantir a posse das terras encontradas por seus navegadores, Portugal e Espanha recorreram ao papa, que estabeleceu a Bula
Incoetera, o que não foi aceito por
Portugal, e então foi feito o Tratado de
Tordesilhas (1494), no qual uma linha imaginária traçada 370 léguas a oeste de
Cabo Verde dividiu o novo mundo entre os países ibéricos.
O sistema colonial implantado na América recem descoberta
imponha restrições para as colônias. Estas tinham que oferecer a metrópole
melhores condições de comércio, estariam sujeitas ao pacto colonial e ao
monopólio das metrópoles, e somente poderiam produzir o que a metrópole
necessitasse.
Luís Vaz de Camões, autor do famoso poema Os Lusíadas
(1572), imortalizou a expansão marítima lusitana.
As consequências do processo de expansão foram a formação do
sistema colonial, o escravismo, a expansão do capitalismo mercantil e o
eurocentrismo, a Europa se tornou referência para o mundo ocidental.
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Professor Paulo R. Küster