DEUSES CELTAS
ÁINE
Filha do deus Owell e filha adotiva do deus do mar Áine é das deusas do céu e rainha das fadas irlandesa. Como
divindade, viaja pelo espaço e, em sua homenagem, se celebra a festa da noite
de verão, transformada mais tarde na festa de São João. É a deusa da
fertilidade, do amor, do amanhecer, do sol e do fogo, caracterizada por
inspirar paixão nos seres humanos. Era também. Além disto era a deusa do milho
e do gado. Depois disto apaixonou-se por Finn Mac Cunhhall, porém um feitiço
deixou seus cabelos grisalhos. Áine, mesmo apaixonada, se manteve fiel a seus
princípios.
DANA
Esposa de Bile, principal deus gaulês, Dana, também conhecida como Ana, era a deusa mãe ou rainha. Nascida entre os deuses da vida,
da luz e do dia. Considerada a deusa da literatura, também era conhecida como
Brigite. É a divindade mais antiga mencionada pelos celtas, de cuja divindade
derivam todos os outros deuses. É a Mãe Universal e mãe de todos os deuses.
Relacionada à lua e governante das marés. Protegia o gado, a saúde e garantia a
prosperidade. Os rios e lagos também estavam sob sua proteção. Esta era a deusa
invocada para conseguir abundância, sabedoria e prosperidade. O nome da deusa
também significa "água do céu" e está relacionado ao rio Danúbio. Foi
nesta região que os povos célticos se desenvolveram antes de sua expansão
europeia. Dana compõe a Trindade do Destino juntamente com Macha e Badb.
DAGDA
Filho de Dana e Bile, o "Deus Bondoso", é o pai
dos deuses. Seu nome quer dizer "o que golpeia com grande eficácia",
já que leva consigo um martelo com o qual dá vida, ressuscita e mata. É um deus
da abundância. Veste uma túnica curta, refletindo ao mesmo tempo autoridade e
benevolência. Foi e ainda é o deus mais venerado entre os druidas. Senhor dos
elementos, da sabedoria e da adivinhação, mestre da música, arte, poesia e
eloquência, excelente guerreiro, deus simples e agradável que tem como tarefa garantir
a transição durante as diferentes etapas da vida e depois até a "pós
vida". Possui um caldeirão magico onde pode ressuscitar os mortos em
batalha. De sua união com Boann teve Oengus Mac Og, deus do amor, concebido e
nascido em apenas um dia. Dono de grandes proezas de guerra e aventuras,
conta-se que certa vez capturou com uma mão um ser com 100 pernas e 4 cabeças.
Também simboliza a fertilidade, a abundância e regeneração. Por vezes sua
imagem é quase grotesca, pois come grandes quantidades de comida, mesmo assim,
é querido e respeitado. Com Morrígan formava um casal. Possui uma harpa magica
com a qual controla o inicio e fim das estações celtas. Foi pai da deusa
Brigitt, do deus Oghma, do deus Mider, do deus Angus Mac Og e de Bodb, O
Vermelho, que o sucedeu como governante dos deuses.
Também conhecida como Morrigu, é a deusa celta da morte e da
destruição. Sempre representada com sua armadura e armas. Está sempre presente
nas guerras e é invocada com os chifres de guerra ou o gralhar dos corvos. Sua
função na guerra é difundir a força e a ira entre os soldados. Seu nome
significa "Grande Rainha" ou "Rainha do Espectro". Esta
deusa também representa a renovação, a morte que dá lugar a uma nova vida, o
amor, e o desejo sexual. A vida e a morte estão muito ligadas no universo
celta. Morrighan é virgem, mãe e viúva. Pertence ao grupo dos Tuatha De Danann,
os seres mágicos que viveram na Irlanda antes dos irlandeses atuais. Nas
guerras, ela se transforma em corvo. É uma deusa completa que forma uma tríade
sombria com Badbh e Macha, as três a mesma deusa, com características
diferentes em cada manifestação. Também está relacionada à deusa Dana, "a
Grande Mãe". O crânio dos mortos em batalha eram conhecidos como
"bolas de Morrighan". Foi amante de reis e seduziu grandes soldados.
Motivava os soldados celtas nos campos de batalha, que ao ouvirem-na
sobrevoando, sabiam que o momento de transcender havia chegado e davam suas
últimas forças, portanto Morrighan conferia força aos guerreiros. Dotada do poder
da transformação, Morrighan também era deusa dos rios, lagos e de toda as águas
doces.
LUG
Filho de Cian e Eithne, Lugh tem lugar de destaque na hierarquia céltica pois domina todas as artes e ciências. Encontra-se em todos
os panteões. Possuidor de diversos topônimos. Representado como um deus solar,
possuía um arco (Arco Íris) e corvos que lhe deram o dom de profetizar. A via
láctea foi denominada pelos antigos celtas de Eire como "Caminho de
Lugh". Sua esposa foi Nas, que lhe foi infiel. Seu nascimento foi envolto
por uma profecia já que a druida Birog avisou a Balor, rei das divindades
formorian (forças do mal), que após o nascimento de sua filha Eithen, ele seria
morto pelo neto. Por isso, o rei a trancou em uma torre de cristal para evitar
que ela tivesse contato com os homens, deixando-a a cargo de doze enfermeiras.
Mesmo assim, Eithen ficou gravida de Ciann, deus das forças de luz, e teve
trigêmeos. Quando soube, Balor ordenou que os meninos fossem jogados no mar,
porém um sobreviveu e cresceu com os deuses Danann. Foi então que aprendeu
diversas artes e ofícios. Com todos estes atributos se apresentou na corte real
de Tara, governada por Nuada, onde foi aceito e rebatizado como Samhildanach,
"o de muitas artes e ofícios". Aconselhou a corte a enfrentar definitivamente
os fomorianos, o que determinou na morte de Balor e vitória dos De Dana, forças
da luz, e no fim do reinado fomoriano em Eire.
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Professor Paulo R. Küster