domingo, 16 de fevereiro de 2014

DEUSES NÓRDICOS

ODIM

É considerado o deus da guerra, da morte, da caça, da sabedoria, da poesia e da magia. Filho do deus Bor e da gigante Besta, juntamente com seus irmãos Vili e Ve, criou o mundo a partir da morte do gigante Ymir. Em seguida, com dois troncos, um de fresco e um de olmo, criou os primeiros seres humanos: Ask e Embla. É casado com três mulheres, cada uma simbolizando uma parte da terra: Friga, a terra cultivada, Jörd, a terra desabitada e Ring, a terra invernal e gelada. Vive em Asgard no palácio de Valskjalf, de onde reina em seu trono, observando os nove mundos. Considerado o mais sábio de todos, teve que passar por alguns ritos de iniciação: sacrificou seu olho direito ao beber do poço de Mimi e assimilar a sabedoria universal. É o deus do conhecimento passado (graças a água deste poço), presente (graças aos dois corvos e seu trono) e futuro (graças ao dom de ver o destino, passado a ele pela deusa Freyia). Tomou o hidro mel da poesia, transformando-se em inspiração dos poetas.

FRIGA

Deusa do céu, do amor, fertilidade e da fidelidade conjugal, era sempre invocada durante os matrimônios e partos. Seu nome significa "a amada" e era filha de Odin e Jörd, apesar de ter sido a segunda esposa do pai. É mãe de Balder, Bragi e Hoor. Faz parte da trindade formada por Ring, Jörd e ela. Conhece o futuro, porém não pode revelar. Simboliza o silêncio ou o ouvido. Aparece vestida com panos brancos, um cinto de ouro na cintura do qual saem chaves, símbolo da dona de casa nórdica. Possuía uma capa de penas de falcão e podia transformar-se em ave. Está associada à agricultura, pecuária, tarefas domésticas e principalmente, às batalhas. É considerada a terra cultivada, habitada. É a única que não tem permissão para sentar-se no trono Hliðskjálf e observar os nove mundos. Sua história mais famosa a retrata em seu papel de mãe, no relato da morte de Balder, seu filho. Friga tentou protegê-lo depois de ter sonhos proféticos sobre sua própria morte. A deusa percorreu o mundo e fez com que todas as criaturas jurassem que não lhe causariam dano, porém o gigante Loki transformou-se em mulher e perguntou-lhe se havia esquecido de tomar o juramento de alguma coisa, ou alguém. Friga lhe confessou que havia esquecido do visco. Loki fez um dardo usando um visco e colocou-o nas mãos de Höðr, irmão cego de Balder. Guiado por Loki, o menino lançou o dardo como brincadeira e terminou matando o irmão. Friga tentou salvar o filho do infra mundo.

THOR

Filho de Odín e de Jörd, esposo de Sif, é o deus do Trono e o mais importante de todos, depois de Odín, pois tinha influência nas colheitas, no clima, nas batalhas e até mesmo, na fertilidade. Era também um deus guerreiro e protetor, cujos traços característicos eram a força, o poder e a ira. Seu objeto mais importante era o martelo Mjolnir, criado por anões, o cinturão e as luvas. É associado às runas e possui habilidades mágicas. Existem diversos mitos onde também se comenta sobre sua sabedoria e as estratégias para lutar contra os anões e até mesmo, o próprio Odín. Tinha um papel importante na consagração, justiça e viagens. Devido a seu aspecto protetor, era o principal deus, venerado por camponeses. É associado às runas e possui habilidades mágicas, como suas próprias mutações. Certa vez, Thor viajava em um carro puxado por dois bodes e quando estava com fome, os comia e depois os ressuscitava com o poder do martelo. Em outra ocasião, pediu abrigo na cabana de uma família de camponeses e preparou os bodes para o almoço de todos. Um dos filhos da família, partiu um osso da perna do animal que comia, de forma que quando os ressuscitou, Thor se deu conta que o animal estava manco. A fúria de Thor foi tão grande que, para diminuir o problema  sua irmã Röskva, transformaram-se em seus criados e o acompanharam em diversas travessias.

BALDER

O deus da luz, da beleza e da inocência. Filho de Odín e Friga, apesar de frágil, era sábio e amável, portanto amado por deuses e mortais. Era casado com a deusa Nanna, com quem teve Forsetti, o deus da Justiça. A lenda mais importante sobre Balder começa com seus sonhos premonitórios, relacionados à própria morte. Do ser alegre que era, passou a ser um deus triste. Numa tentativa de evitar sua morte, Friga correu o mundo, pedindo a todas as criaturas que poupassem seu filho. Uma vez terminada a viagem, Baldr não poderia ser atingido por nada. Porém o deus Loki, com inveja de Balder, disfarçou-se e perguntou a Friga se todas as coisas vivas haviam jurado não ferir seu filho. Sem suspeitar a armadilha, Friga lhe contou que havia esquecido do visco. Loki aproveitou-se e fabricou um dardo com a planta. Entregou o engenho ao irmão cego de Balder, Höðr, que sem entender ou ver, atirou o dardo no irmão, orientado por Loki. O dardo atravessou o coração de Balder e o matou. A única forma de ressuscitá-lo era que todas as coisas do mundo, chorassem por ele e, naturalmente, Loki se negou a fazê-lo condenando Balder a viver no infra mundo. O deus foi posto em uma funerária junta a esposa Nanna, que morreu infeliz ao saber do destino do marido.

FORSETI

Filho de Balder e Nanna, Forseti era o mais sábio, eloquente e mais gentil dos deuses. Quando tornou-se conhecido em Asgard, os deuses lhe convidaram à sala de conselhos para que fosse o patrono da justiça e seriedade, dando-lhe o palácio de Glinir como morada. Em sua função, resolvia os problemas entre os deuses e os homens, escutando pacientemente a ambos os lados e proferindo sentenças tão justas que ninguém era capaz de encontrar erro em seus decretos. Resolvia diferenças entre deuses e homens. Tamanha era sua eloquência e poder de persuasão que nunca falhava em reconciliar os piores inimigos. Todos os que eram levados a sua presença podiam estar seguros de que, dali em diante, poderiam viver em paz, pois ninguém ousava desobedecer um juramento feito diante dele, a não ser que quisessem sofrer sua justificada cólera e serem punidos por morte imediata. Como deus da justiça e da lei eterna, era natural que Forseti comandasse todas as assembleias judiciais. Todos aquele que iam a juízo suplicavam por sua clemencia e ele invariavelmente deixava de ajudar a quem merecia. Diz a lenda que os frisões elegeram doze anciões e criaram um código de justiça a ser discutido numa ilha. Durante a viagem de ida ocorreu uma grande tempestade e com a ajuda do deus, apenas os anciões puderam escapar. A ilha onde encontraram refugio é hoje um local sagrado.

TYR

Filho de Odin e Friga, Tyr é o deus da guerra e do valor e patrono da justiça. Era o deus da honra suprema e uma das doze divindades de Asgard. Tyr também era invocado com frequência por várias nações do Norte, que como Odin, a ele pediam vitória. Considerado o deus patrono da espada, era indispensável que a runa que o representava estivesse gravada nas armas. Tyr, cujo nome era sinônimo de valentia e sabedoria, também conta com a ajuda das brancas valquírias, assistentes de Odin. Geralmente era representado como um deus manco, a partir de uma história que envolve o filho lobo de Loki, Fenris. Segundo dizem, Fenris cresceu de tal forma que os deuses, temendo que se tornasse incontrolável, resolveram acorrentá-lo, dizendo a ele que nao conseguiria se soltar. Fenris aceitou o desafio e, infelizmente para os deuses, rompeu as amarras. Os deuses pediram aos anões que fabricassem então uma corrente mágica, Gleipnir, com grandes poderes, apesar de fina. Fenris foi desafiado novamente e aceitou ser amarrado porém, desconfiado da finura da corrente, disse que alguém tinha que por a mão em sua boca. Tyr for o único que teve coragem. Quando Fenris se viu preso de vez, arrancou a mão do deus. Apesar de tudo, Tyr alimentou e cuidou do lobo amarrado para sempre.

SIF

Deusa Sif, esposa de Thor simboliza a fidelidade e as colheitas, por causa de seus longos cabelos ruivos (que representavam o crescimento do trigo). Sif tinha grande orgulho de sua longa cabeleira, que lhe cobria da cabeça aos pés, como um véu brilhante. Era o símbolo da Terra. Thor era também muito orgulhoso de sua linda esposa e seus longos cabelos e, portanto, quando encontrou-a dado dia totalmente careca, como as terras do inverno, se enfureceu. Descobriu que Loki havia sido o responsável. Agarrou seu martelo e foi atrás do lobo. Loki lhe implorou perdão, mas teve que prometer uma nova cabeleira, tão linda e resplandecente quanto a primeira. Loki então adentrou o centro da terra e implorou ao anão Dvalin que o ajudasse com a cabeleira e além disto, que fabricasse um presente para aplacar a fúria de Odin contra ele. O anão cumpriu o prometido e fabricou a lança Gungnir, que nunca perde um alvo e o barco Skidbladgar, que sempre impulsionado por ventos a favor, podia navegar por mar, céu e terra, abrigando tanto aos deuses como toda sua corte de qualquer mal. O barco ainda podia ser dobrado e se tornava tão pequeno que cabia na palma da mão. Finalmente, usando fios de ouro, fabricou uma cabeleira para Sif que quando tocou sua cabeça, cresceu como se fosse seu próprio cabelo.


HEIMDALL

Filho de Odin e de nove gigantes, Heimdall é o deus guardião de Asgard. Dotado por uma visão precisa, um ouvido apurado e a capacidade de ficar sem dormir vários dias. Porém não podia falar. Uma lenda nórdica conta que veio à terra e com três mulheres gerou três linhagens: príncipes, súditos e servos. Diz a lenda que suas nove mães gigantas, casadas com Odín, alimentaram o filho com a força da terra, a umidade do amor e o calor do Sol; uma dieta que demonstrou ser tão eficiente que o deus cresceu rapidamente e tornou-se adulto, podendo unir-se ao pai em Asgard. Justamente quando chegou, os deuses estavam decidindo se deveriam ter um guardião de confiança. Heimdall aceitou a responsabilidade e a partir de então, velou dia e noite o caminho do arco-íris que entrava pelo palácio. Para que Heimdall pudesse detectar a aproximação de qualquer inimigo de longe, os deuses lhe deram sentidos agudíssimos, tão agudos que dizem, ser capaz de ouvir as plantas crescendo nas colinas e a lã crescer no lombo das ovelhas. Recebeu também uma espada reluzente e um maravilhoso trompete. Era representado portando uma armadura branca, tornando-se conhecido como o deus brilhante ou da luz. Além de fisicamente bonito, Heimdall também era famoso por ser um deus delicado, inocente e indulgente. Tinha dentes de ouro e um cavalo com crinas de ouro chamado Gulltop.





Fonte de pesquisa :www.seuhistory.com

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Professor Paulo R. Küster