Revolução Industrial
Nessa evolução, a produção manual que antecede à industrial
conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do
capitalismo:
O artesanato foi a forma de produção industrial
característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e
comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o
produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina
e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando
todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento
final; ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção
de algum produto.
Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante,
porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela
utilização das ferramentas.
É importante lembrar que nesse período a produção artesanal
estava sob controle das corporações de ofício, assim como o comércio também
encontrava-se sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da
produção.
A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna
e na Antiguidade Clássica, resultando da ampliação do mercado consumidor
com o desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre
um aumento na produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção,
onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um único produto.
A
ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do
comércio, tanto em direção ao oriente como em direção à América. Outra
característica desse período foi a interferência do capitalista no processo
produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de
produção.
A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e
até terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a
industrialização como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro
momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento (energia
elétrica no século XIX) e num terceiro e quarto momentos,
representados respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática,
da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI
--- aspectos, porém, ainda discutíveis.
O pioneirismo da Inglaterra
Foi a Inglaterra que saiu na frente no processo de
Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por
diversos fatores:
O principal deles foi a aplicação de uma política
econômica liberal em meados do século XVIII. Antes da liberalização
econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo
rígido sistema de guildas, e por causa disso a entrada de novos competidores e
a inovação tecnológica eram muito limitados.
Com a liberalização da indústria e
do comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em
seu subsolo, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas
e as locomotivas a vapor.
Os ingleses possuíam grandes reservas de minério de
ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei
dos Cerca mentos de Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma
massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII.
A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas,
comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados por causa da grande
taxa de poupança que existia na época.
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Professor Paulo R. Küster