quinta-feira, 26 de junho de 2014

Revolução Industrial



Revolução Industrial

Nessa evolução, a produção manual que antecede à industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:


O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. 

Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das ferramentas.

É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de ofício, assim como o comércio também encontrava-se sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção.

manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na Antiguidade Clássica, resultando da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um único produto. 

A ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do comércio, tanto em direção ao oriente como em direção à América. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de produção.

A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a industrialização como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento (energia elétrica no século XIX) e num terceiro e quarto momentos, representados respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI --- aspectos, porém, ainda discutíveis.

O pioneirismo da Inglaterra

Foi a Inglaterra que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores:

O principal deles foi a aplicação de uma política econômica liberal em meados do século XVIII. Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, e por causa disso a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram muito limitados. 


Com a liberalização da indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da    produtividade em um curto espaço de tempo. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor.

Os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cerca mentos de Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. 



A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados por causa da grande taxa de poupança que existia na época.








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Professor Paulo R. Küster