Religião Romana
No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares.
Os bens e os alimentos estavam sob a proteção de divindades especiais, os Panates ou Penates. Esses deuses eram cultuados pelo chefe da família junto à lareira, onde o fogo permanecia sempre aceso. Durante as refeições, os romanos espalhavam junto ao fogo migalhas de alimentos e gotas de leite e de vinho, como oferendas às divindades. Com isso, acreditavam conseguir a proteção dos deuses. Nas festas familiares oferecia-se aos deuses o sacrifício de um animal (boi, carneiro ou porco), que depois era dividido entre todas as pessoas da família.
Além dos deuses ligados a família, havia os que eram cultuados pelos habitantes da cidade. O culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam obter dos deuses boas colheitas ou vitórias nas guerras.
Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano.
Os doze principais deuses de Roma correspondiam aos principais deuses gregos. O quadro a seguir mostra a correspondência:
Júpiter: deus dos deuses da religião romana
Os deuses romanos eram os mesmos da Grécia, porém com outros nomes.
Nome romano |
Nome grego
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Atribuições
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Júpiter
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Zeus
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Pai dos deuses; deus do céu.
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Juno
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Hera
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Mãe dos deuses; protetora das mães e esposas.
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Marte
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Ares
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Deus da guerra.
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Vênus
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Afrodite
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Deusa do amor.
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Ceres
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Deméter
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Deusa da vegetação, das colheitas, da fertilidade da terra.
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Diana
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Ártemis
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Deusa da caça.
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Apolo
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Apolo
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Deus da luz; protetor das artes.
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Mercúrio
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Hermes
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Mensageiro dos deuses; deus das estradas; protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos ladrões.
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Vulcano
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Hefesto
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Deus do fogo; protetor dos ferreiros e oleiros.
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Vesta
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Héstia
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Deusa do fogo doméstico; protetora da família e das cidades.
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Minerva
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Atena
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Deusa da sabedoria
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Netuno
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Posêidon
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Deus dos mares.
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Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram a religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica.
Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica.
Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César (anexo).
Diferentemente da crença grega, os deuses romanos não agiam como mortais, isto é, não tinham como os homens e os deuses gregos, virtudes e defeitos. Por isso não há relatos das suas atividades, como na mitologia grega.
No início da Idade Média, com seu significativo crescimento, o cristianismo absorveu todas as crenças e outras práticas ligadas à religião desenvolvida pelos romanos e passou a ser considerada religião oficial do Império Romano, desta forma a prática do politeísmo foi, aos poucos, sendo abandonada.
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Professor Paulo R. Küster