quinta-feira, 22 de maio de 2014


Religião Romana

No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares.
Os bens e os alimentos estavam sob a proteção de divindades especiais, os Panates ou Penates. Esses deuses eram cultuados pelo chefe da família junto à lareira, onde o fogo permanecia sempre aceso. Durante as refeições, os romanos espalhavam junto ao fogo migalhas de alimentos e gotas de leite e de vinho, como oferendas às divindades. Com isso, acreditavam  conseguir a proteção dos deuses. Nas festas familiares oferecia-se aos deuses o sacrifício de um animal (boi, carneiro ou porco), que depois era dividido entre todas as pessoas da família.

Além dos deuses ligados a família, havia os que eram cultuados pelos habitantes da cidade. O culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam  obter dos deuses boas colheitas ou vitórias nas guerras.

Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano.

Os doze principais deuses de Roma correspondiam aos principais deuses gregos. O quadro a seguir mostra a correspondência:
Júpiter: deus dos deuses da religião romana

                        Os deuses romanos eram os mesmos da Grécia, porém com outros nomes. 


Nome romano
 Nome grego
Atribuições
Júpiter
Zeus
Pai dos deuses; deus do céu.
Juno
Hera
Mãe dos deuses; protetora das mães e esposas.
Marte
Ares
Deus da guerra.
Vênus
Afrodite
Deusa do amor.
Ceres
Deméter
Deusa da vegetação, das colheitas, da fertilidade da terra.
Diana
Ártemis
Deusa da caça.
Apolo
Apolo
Deus da luz; protetor das artes.
Mercúrio
Hermes
Mensageiro dos deuses; deus das estradas; protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos ladrões.
Vulcano
Hefesto
Deus do fogo; protetor dos ferreiros e oleiros.
Vesta
Héstia
Deusa do fogo doméstico; protetora da família e das cidades.
Minerva
Atena
Deusa da sabedoria
Netuno
Posêidon
Deus dos mares.

Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram a religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica.
Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica.
            
Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César (anexo).

Diferentemente da crença grega, os deuses romanos não agiam como mortais, isto é, não tinham como os homens e os deuses gregos, virtudes e defeitos. Por isso não há relatos das suas atividades, como na mitologia grega.
No início da Idade Média, com seu significativo crescimento, o cristianismo absorveu todas as crenças e outras práticas ligadas à religião desenvolvida pelos romanos e passou a ser considerada religião oficial do Império Romano, desta forma  a prática do politeísmo foi, aos poucos, sendo abandonada.

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Professor Paulo R. Küster